Este artigo \u00e9 uma amplia\u00e7\u00e3o daquele publicado em ROCHA, 2000.<\/em><\/p>\n <\/p>\n Jornalismo Online (JOL) pode ser definido<\/a> como a coleta e distribui\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es por redes de computadores como internet ou por meios digitais. Os holandeses Bardoel e Deuze usam um nome espec\u00edfico e adequado para esta produ\u00e7\u00e3o: network journalism<\/a><\/em>, o jornalismo em rede. J\u00e1 o professor de jornalismo californiano Doug Millison pensa em uma abrang\u00eancia maior:<\/p>\n <\/p>\n “Online” inclui muitos foros. O mais proeminente \u00e9 a World Wide Web, al\u00e9m de servi\u00e7os comerciais de informa\u00e7\u00e3o online como a America Online. Mensagens simples de e-mail pela internet tamb\u00e9m t\u00eam um grande papel. Tamb\u00e9m importantes s\u00e3o os CD-ROMs (…) al\u00e9m de intranets e sistemas discados de quadro de avisos (BBS). (Millison, 2005)<\/a><\/p><\/blockquote>\n Ainda h\u00e1 outras tecnologias que podem ser inclu\u00eddas nesta lista: a edi\u00e7\u00e3o de sistemas de ajuda (help) de computadores, como o Windows Help e o HTML Help, e apresenta\u00e7\u00f5es de slides para palestras.<\/p>\n Independentemente de suas m\u00faltiplas defini\u00e7\u00f5es, o jornalismo online apresenta algumas caracter\u00edsticas espec\u00edficas em rela\u00e7\u00e3o a aspectos que quase sempre existiram nas mais diversas m\u00eddias, em diversos graus.<\/p>\n Segundo uma pesquisa informal entre usu\u00e1rios de um site sobre JOL,<\/p>\n cerca de 41% dos participantes apontaram que a instantaneidade \u00e9 o que mais caracteriza o webjornalismo. A interatividade aparece em segundo lugar, com 28,11%. J\u00e1 cerca de 19% apontaram que o fato das not\u00edcias ficarem arquivadas para pesquisa \u00e9 o que mais chama a aten\u00e7\u00e3o (JORNALISTAS DA WEB, 2005).<\/p><\/blockquote>\n Outros autores (MEIRA, 2000; PALACIOS, 2001b; <\/a>MIELNICZUK, 2001) ampliam essa lista. Para eles, as caracter\u00edsticas mais interessantes do Jornalismo online s\u00e3o:<\/p>\n O grau de instantaneidade \u2013 a capacidade de transmitir instantaneamente um fato \u2013 das publica\u00e7\u00f5es em rede aproxima-se do atingido pelo r\u00e1dio, o mais alto entre as tr\u00eas m\u00eddias tradicionais, seguido por TV e jornal. \u00c9 muito r\u00e1pido, f\u00e1cil e barato inserir ou modificar not\u00edcias em formato bin\u00e1rio.*<\/sup><\/a><\/p>\n Tamb\u00e9m conhecido como arquivamento ou mem\u00f3ria. O material jornal\u00edstico produzido online pode ser guardado indefinidamente. O custo de armazenamento de informa\u00e7\u00e3o bin\u00e1ria \u00e9 barato. \u00c9 poss\u00edvel guardar-se grande quantidade de informa\u00e7\u00e3o em pouco espa\u00e7o, e essa informa\u00e7\u00e3o pode ser recuperada rapidamente com busca r\u00e1pida full text**<\/sup><\/a>.<\/em><\/p>\n As m\u00eddia tradicionais sempre tiveram algum tipo de intera\u00e7\u00e3o, como nas se\u00e7\u00f5es de cartas de jornais e TVs e nos telefonemas para programas de r\u00e1dio (talk radio<\/em>). Mas no JOL a intera\u00e7\u00e3o atinge seu ponto m\u00e1ximo:<\/p>\n O JOL usa v\u00e1rios tipos de m\u00eddia e de formatos de arquivos de computador. Se diz que \u00e9 uma converg\u00eancia de todas as m\u00eddias:<\/p>\n Segundo a enciclop\u00e9dia coletiva Wikipedia,<\/p>\n “Um hiperlinque, ou simplesmente linque, \u00e9 uma refer\u00eancia em um documento hipertextual para outro documento ou recurso. Como tal, ele \u00e9 similar \u00e0s cita\u00e7\u00f5es em literatura”.<\/p><\/blockquote>\n Por exemplo, clicando no hiperlinque Instituto Poynter<\/a>, voc\u00ea instruir\u00e1 o seu programa leitor de p\u00e1gina Web a buscar e a apresentar em sua tela as informa\u00e7\u00f5es que formam a p\u00e1gina Web do instituto de ensino de Jornalismo. Este link azul sublinhado \u00e9 representado assim no texto interno da p\u00e1gina Web:<\/p>\n Usar sistemas de hipertexto \u00e9 chamado de “navegar”, em portugu\u00eas brasileiro, em fun\u00e7\u00e3o do programa Netscape Navigator.<\/p>\n O uso de hiperlinques em conte\u00fado multim\u00eddia (\u00e1udio, v\u00eddeo, fotos, anima\u00e7\u00f5es) \u00e9 chamado de hiperm\u00eddia. Tecnicamente, n\u00e3o h\u00e1 diferen\u00e7as em fazer linques em texto ou em imagens.<\/p>\n M\u00eddias tradicionais tamb\u00e9m usam hiperlinques, como o sistema de sum\u00e1rio e n\u00famero de p\u00e1ginas de livros, os sistema de organiza\u00e7\u00e3o da B\u00edblia, as chamadas de capa de jornais.<\/p>\n Como toda a informa\u00e7\u00e3o est\u00e1 sendo tratada por computadores, \u00e9 r\u00e1pido colher informa\u00e7\u00f5es sobre usu\u00e1rios\/leitores e oferecer a m\u00eddia que mais interessa a ele. Esta personaliza\u00e7\u00e3o de conte\u00fado pode se realizar de diversas maneiras:<\/p>\n As novas formas de busca e apresenta\u00e7\u00e3o de not\u00edcias, como os agregadores de not\u00edcias (news feeds RSS) e Google News<\/span>, fazem com que qualquer jornal esteja em p\u00e9 de igualdade na concorr\u00eancia por leitores. Jornais de grandes centros competem de igual para igual com jornais regionais. Isto aponta para a necessidade de maior aten\u00e7\u00e3o na reda\u00e7\u00e3o de t\u00edtulos<\/span>.<\/p>\n Os t\u00edtulos de mat\u00e9rias online<\/span> devem ter todas as caracter\u00edsticas dos t\u00edtulos tradicionais, s\u00f3 que em espa\u00e7o mais reduzido<\/span>. Algumas dicas:<\/p>\n Como toda nova m\u00eddia, esta tamb\u00e9m recebe influ\u00eancias das m\u00eddias pr\u00e9-existentes, enquanto procura sua pr\u00f3pria identidade.<\/p>\n A transcri\u00e7\u00e3o de mat\u00e9rias da m\u00eddia impressa \u00e9 o primeiro e mais r\u00e1pido caminho para um jornal de papel entrar na internet. CTRL+C e CTRL+V (teclas para cortar e colar texto em computador) s\u00e3o a vers\u00e3o contempor\u00e2nea da “recortagem” ou “gilette press<\/em>“.<\/p>\n Os jornais tamb\u00e9m podem colocar a edi\u00e7\u00e3o na rede no formato de arquivo PDF (Portable Document Format), criado pela Adobe para ser o padr\u00e3o de documento bin\u00e1ria para armazenamento e difus\u00e3o por redes de computadores. O PDF permite que se veicule um fac-s\u00edmile da vers\u00e3o impressa do jornal, que pode ser ampliado na tela milhares de vezes e impresso em qualquer impressora dom\u00e9stica, em qualquer tamanho. Um dos melhores exemplos do uso de arquivos PDF no jornalismo online \u00e9 o site Newseum<\/a>, que apresenta a primeira p\u00e1gina atualizada de jornais de todo o mundo.<\/p>\n <\/p>\n M\u00eddia eletr\u00f4nica s\u00e3o r\u00e1dio e TV. Computadores n\u00e3o est\u00e3o inclu\u00eddos na categoria porque v\u00e3o al\u00e9m do eletr\u00f4nico, usando l\u00f3gica bin\u00e1ria para formata\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es. Computador \u00e9, portanto, m\u00eddia<\/em> bin\u00e1ria<\/em>. <\/p>\n O som pela internet ainda \u00e9 de baixa qualidade e com constantes lapsos, mas \u00e9 uma maneira pela qual esta\u00e7\u00f5es de r\u00e1dio tradicionais alcan\u00e7am audi\u00eancia mundial.<\/p>\n As “esta\u00e7\u00f5es de r\u00e1dio internet” (sites que armazenam som binarizado) permitem que voc\u00ea crie programa\u00e7\u00e3o e deixe grava\u00e7\u00f5es dispon\u00edveis para quem quiser ouvir. A desvantagem \u00e9 que um n\u00famero limitado de pessoas pode acessar ao mesmo tempo uma esta\u00e7\u00e3o de r\u00e1dio internet, ao contr\u00e1rio do r\u00e1dio broadcast<\/em>.<\/p>\n O texto de r\u00e1dio \u00e9 o que mais se adapta para jornalismo em rede, pela concis\u00e3o, estilo direto, informalidade. <\/p>\n Os maiores sites jornal\u00edsticos j\u00e1 publicam pequenas mat\u00e9rias em v\u00eddeo. Existem programas, como o Real Video, que t\u00eam \u201ccanais\u201d de v\u00eddeo streaming***<\/sup><\/a><\/em>. Como no caso do \u00e1udio, os clips de v\u00eddeo s\u00e3o de baixa qualidade e podem ter o movimento ou o \u00e1udio interrompidos por alguns instantes, conforme o congestionamento da rede. A BandNews<\/a>, no entanto, consegue transmiss\u00f5es com razo\u00e1vel qualidade, em internet banda larga.<\/p>\n Visualmente, anima\u00e7\u00f5es em formato Flash, cada vez mais usadas em sites multim\u00eddia, s\u00e3o inspiradas em vinhetas de TV.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Est\u00e1 sendo bastante usado por jornais e revistas a liga\u00e7\u00e3o visual entre palavras do texto e elementos gr\u00e1ficos como fotos e textos explicativos (box), imitando a liga\u00e7\u00e3o l\u00f3gica do hipertexto.<\/p>\n O estilo de texto para a internet deve ser curto, na ordem direta, com palavras-chave destacadas, em blocos de cerca de cem palavras, no m\u00e1ximo. O estilo deve ser informal, porque internet \u00e9 um meio de comunica\u00e7\u00e3o individual e pessoal. Esta economia de palavras (que as valoriza, pois as torna raras) encontra eco, em 2000, em dois dos jornais de maior tiragem do Rio Grande do Sul, Correio do Povo e Di\u00e1rio Ga\u00facho.<\/p>\n O apelo visual nos websites tamb\u00e9m tem influenciado a m\u00eddia impressa, que usa mais cor, produz mais infogr\u00e1ficos e aumenta a hierarquia de estilos de texto nos ve\u00edculos, como a revista \u00c9poca e o Di\u00e1rio Ga\u00facho.<\/p>\n As r\u00e1dios e os pequenos jornais regionais****<\/sup><\/a> est\u00e3o coletando muita informa\u00e7\u00e3o na internet gra\u00e7as ao acesso a centenas de fontes que auxiliam a pesquisa noticiosa:<\/p>\n <\/p>\n Muitos autores se entusiasmem com caracter\u00edsticas como multimedia\u00e7\u00e3o e interatividade, e consideram que o conte\u00fado online deve ser repleto de movimentos, hiperlinques e outros truques. No entanto, produ\u00e7\u00e3o digital custa caro, em termos de recursos humanos. E o conte\u00fado publicado em redes n\u00e3o precisa conter obrigatoriamente todos os recursos tecnol\u00f3gicos dispon\u00edveis, s\u00f3 porque eles existem.<\/p>\n Considero, ent\u00e3o, que n\u00e3o h\u00e1 um “formato para a internet” ou “formato para a Web”. Existem diversas maneiras de se usar textos e outros conte\u00fados na m\u00eddia em rede. Cada uma tem uma aplica\u00e7\u00e3o determinada, com vantagens e desvantagens.<\/p>\n O texto da m\u00eddia papel (tipo livro ou artigo) \u00e9 transposto sem modifica\u00e7\u00e3o para a rede.<\/p>\n <\/p>\n Texto tradicional para papel, mas vertido para o formato hipertexto, com links para notas de rodap\u00e9 e para outros textos.<\/p>\n <\/p>\n Texto reescrito ou produzido especialmente para ser lido em tela de computador. Informa\u00e7\u00e3o em “cachos” (blocos de 100 palavras ou menos), uso extensivo de hyperlinks, listas com bolinhas, entret\u00edtulos.<\/p>\n <\/p>\n Texto e imagens de \u00e1udio e v\u00eddeo pensados e editados para serem distribu\u00eddos em hiperm\u00eddia.<\/p>\n <\/p>\n Voc\u00ea pode encontrar mais dicas sobre como escrever para a Web<\/a> no trabalho de conclus\u00e3o de Cristina Pacheco<\/a> e na mat\u00e9ria em hipertexto de Carole Roch<\/a>.<\/p>\n <\/p>\n Apesar do apelo charmoso da Web, a aplica\u00e7\u00e3o mais \u00fatil e utilizada da internet \u00e9 o correio. Com ele, voc\u00ea n\u00e3o s\u00f3 se comunica pessoa-a-pessoa (o que lhe d\u00e1 grande influ\u00eancia), como troca qualquer tipo de arquivo de computador, como foto, \u00e1udio, v\u00eddeo, texto, anima\u00e7\u00e3o. E o correio tamb\u00e9m deve ser visto como uma poderosa m\u00eddia.<\/p>\n At\u00e9 mesmo sites da Web se promovem atrav\u00e9s de newsletters<\/em>, boletins criados com os parcos recursos do correio. Todo o site bem planejado deve ter um link para o internauta assinar uma newsletter. Na mensagem, o editor do site deve colocar breves descri\u00e7\u00f5es das novidades no site, com um link Web em que o leitor pode clicar para conferir imediatamente o assunto.<\/p>\n \u00c9 um recurso que existe em alguns programa de correio: uma lista com centenas de endere\u00e7os de mail para onde voc\u00ea envia uma mensagem de uma s\u00f3 vez.<\/p>\n Existem programas espec\u00edficos para manipular listas de discuss\u00e3o, mas uma op\u00e7\u00e3o barata e poderosa \u00e9 o Pegasus Mail, programa de correio gratuito para ambiente Windows e Macintosh. Ele permite que voc\u00ea envie um texto para centenas de pessoas ao mesmo tempo. Um sistema de filtragem de mensagens recebidas permite que se cadastre ou cancele a assinatura de listas dependendo do conte\u00fado da mensagem. Por exemplo, uma mensagem com a palavra subscribe<\/em> no t\u00edtulo faz com que o remetente seja anexado \u00e0 lista de pessoas que devem receber determinada newsletter. A palavra unsubscribe<\/em> pode tirar o endere\u00e7o do remetente da lista. <\/p>\n Para que sua mensagem seja mais efetiva, voc\u00ea deve dar aten\u00e7\u00e3o aos seguintes aspectos de uma newsletter por correio: <\/p>\n O t\u00edtulo (subject<\/em>, assunto) \u00e9 o \u00fanico gancho que o editor de uma publica\u00e7\u00e3o tem para fisgar a aten\u00e7\u00e3o dos leitores. Quem recebe dezenas de mensagens por dia abre apenas as mais interessantes e descarta as outras com base no t\u00edtulo. Uma mensagem com t\u00edtulo “Informativo n.153<\/em>“, tem mais chances de ser apagada do que uma com “Anatel \u00e0 CRT: estamos de olho em voc\u00eas!”. <\/em>Para aproveitar espa\u00e7o, o nome da newsletter deve estar no endere\u00e7o de mail do remetente, para n\u00e3o desperdi\u00e7ar espa\u00e7o do subject<\/em> com isto. <\/p>\n No topo da mensagem ficam o “logotipo”, uma linha explicativa sobre a newsletter, a data e o n\u00famero da publica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n \u00c9 importante que voc\u00ea explique que o leitor recebeu sua newsletter porque a assinou, e que ela n\u00e3o \u00e9 enviada sem ser solicitada. O spam<\/em> (divulga\u00e7\u00e3o de mensagens para milhares de pessoas que n\u00e3o a solicitaram) \u00e9 uma das pr\u00e1ticas mais odiadas da internet. Por isso, o leitor n\u00e3o deve ter d\u00favidas de que ele mesmo pediu para receber sua mensagem.<\/p>\n O correio em geral n\u00e3o tem grandes recursos de formata\u00e7\u00e3o de texto e cores. Um an\u00fancio poderia ser confundido facilmente com conte\u00fado editorial. Por isso, os an\u00fancios devem ter linhas separando-os do resto da newsletter. As palavra “publicidade”, “an\u00fancio” ou “comercial” devem estar na primeira linha separadora.<\/p>\n Voc\u00ea deve deixar ao leitor a possibilidade de cancelar a assinatura da newsletter a qualquer momento. Em alguns sistemas, basta que o leitor responda \u00e0 mensagem. Em outros, deve-se enviar uma mensagem com a palavra “unsubscribe<\/em>” no campo Subject.<\/em><\/p>\n O pegasus mail permite que se personalise uma newsletter com textos vari\u00e1veis. Verifique o Tutorial sobre mail merge com Pegasus Mail<\/a>.<\/p>\n Os modernos programas leitores de mail mostram URLs (endere\u00e7os Web ou de mail) como links, sem que o editor precise colocar formata\u00e7\u00e3o especial.<\/p>\n Existe a possibilidade de se enviar mensagem em formato HTML (com p\u00e1ginas Web), com texto em tamanhos e fontes diferentes, cores, imagens fixas, imagens de \u00e1udio e v\u00eddeo. Embora existam \u201ccruzadas\u201d contra mails<\/em> em HTML (porque ocupariam muita largura de banda*****<\/sup><\/a>), voc\u00ea n\u00e3o precisa abrir m\u00e3o destes recursos de imagem. D\u00ea ao assinante oportunidade de escolher se quer receber mails n\u00e3o-formatados ou com recursos hiperm\u00eddia.<\/p>\n O texto, \u00e9 claro, ainda \u00e9 o elemento mais importante de qualquer publica\u00e7\u00e3o. Quem tem bom texto para jornal de papel, r\u00e1dio ou TV, ter\u00e1 bom texto para JOL. S\u00f3 precisa entender como o internauta l\u00ea: ele apenas passa os olhos pelas telas \u00e0 procura de palavras-chave. N\u00e3o tem tempo para as grandes elucubra\u00e7\u00f5es mentais exigidas por figuras de linguagens do tempo do texto corrido, nem paci\u00eancia para textos longos…<\/p>\n O jornalista online deve n\u00e3o apenas saber escrever, mas saber como dispor o texto no suporte. Tem que conhecer tipos de letras, composi\u00e7\u00e3o visual, uso de cores, corte e edi\u00e7\u00e3o de fotos, \u00e1udio e v\u00eddeo. N\u00e3o precisa saber desenhar, mas deve saber usar infografia e ser capaz de criar um gr\u00e1fico informativo a partir de dados num\u00e9ricos, para ilustrar uma mat\u00e9ria.<\/p>\n Quase tudo na internet \u00e9 em ingl\u00eas. Compre imediatamente seu dicion\u00e1rio. E instale no seu computador programas como o Babylon Translator.<\/p>\n Voc\u00ea precisa saber se virar sozinho, se seu maldito Windows come\u00e7ar a dizer algo simp\u00e1tico como “Voc\u00ea executou uma opera\u00e7\u00e3o ilegal. Falha geral do aplicativo, OK?”. E precisa saber como procurar \u2013 produtivamente — por algum tema espec\u00edfico na floresta bin\u00e1ria da internet.<\/p>\n O mercado para jornalista online j\u00e1 est\u00e1 aquecido. O jornal de papel, o r\u00e1dio ou a TV que n\u00e3o tiverem sua contraparte bin\u00e1ria estar\u00e3o logo ultrapassados. Assim, pelo menos uma vaga existe em toda a reda\u00e7\u00e3o: a do jornalista que coloca na Web mat\u00e9rias feitas para outras m\u00eddias. Mais empresas de comunica\u00e7\u00e3o est\u00e3o desenvolvendo reda\u00e7\u00f5es especificamente para a internet, e a dissemina\u00e7\u00e3o de acesso por cabo de TV e por r\u00e1dio exigir\u00e1 muitos profissionais multim\u00eddia.<\/p>\n Depois que estourou a “bolha” de entusiasmo pela internet, em 2000, o mercado para profissionais da Web encolheu. Mas apenas na Web, que \u00e9 um mercado limitado, de qualquer forma. O maior mercado para os conhecimentos de tecnologia online est\u00e1 nas empresas e nas assessorias de imprensa empresariais, porque empresas m\u00e9dias e grandes come\u00e7am a desenvolver suas p\u00e1ginas Web e suas intranets e j\u00e1 precisam de quem desenvolva conte\u00fado e press kits<\/em> para estes novos canais de informa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Portanto, o futuro para o jornalista online ser\u00e1 t\u00e3o brilhante que ele precisar\u00e1 usar \u00f3culos escuros para ver direito.<\/p>\n *<\/a> Considero que a tecnologia de computadores atuais deve ser chamada de bin\u00e1ria<\/em>, e n\u00e3o de digital<\/em>. O fato de trabalhar com l\u00f3gica bin\u00e1ria \u00e9 que torna os computadores t\u00e3o poderosos. Eles trabalham relativamente pouco com informa\u00e7\u00e3o digital (num\u00e9rica).**<\/a>Busca full text<\/em> \u00e9 aquela usada por bancos de dados que armazenam todas as palavras significativas de um documento, e n\u00e3o apenas palavras-chave.<\/p>\n ***<\/a>V\u00eddeo em corrente, exibido conforme vai sendo recebido pelo computador multim\u00eddia. As informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o descartadas depois de exibidas, n\u00e3o ficando gravadas em forma de arquivo no disco do computador. Assim, podem ser enviadas grandes quantidades de informa\u00e7\u00f5es sem ocupar espa\u00e7o no disco do usu\u00e1rio.<\/p>\nCaracter\u00edsticas do JOL<\/h2>\n
\n
1 Instantaneidade<\/h3>\n
2 Perenidade<\/h3>\n
3 Interatividade<\/h3>\n
\n
4 Multimedia\u00e7\u00e3o, multimedialidade ou converg\u00eancia<\/h3>\n
\n
5 Hipertextualidade<\/h3>\n
<A href=\"http:\/\/poynter.org\/\">Instituto Poynter<\/A><\/code><\/p>\n
\n
6 Personaliza\u00e7\u00e3o de conte\u00fado<\/h3>\n
\n
\n
Como a m\u00eddia impressa tradicional influencia o JOL<\/h2>\n
Influ\u00eancia da m\u00eddia eletr\u00f4nica sobre o JOL<\/h2>\n
R\u00e1dio<\/h3>\n
Televis\u00e3o<\/h3>\n
Influ\u00eancia do JOL sobre a m\u00eddia tradicional<\/h2>\n
Diagrama\u00e7\u00e3o “lincada”<\/h3>\n
Aumento de textos curtos<\/h3>\n
Aumento de gr\u00e1ficos e uso da cor<\/h3>\n
Amplia\u00e7\u00e3o da base de pesquisa e de fontes de not\u00edcias<\/h3>\n
\n
O texto para Web<\/h2>\n
Transposi\u00e7\u00e3o pura<\/h3>\n
\n
Transposi\u00e7\u00e3o com uso de hyperlinks<\/em><\/h3>\n
\n
Adapta\u00e7\u00e3o ao hipertexto<\/h3>\n
\n
Desenvolvimento de narrativa em hiperm\u00eddia<\/h3>\n
\n
Mais dicas sobre webtexto<\/h3>\n
O mail<\/em> \u00e9 a mensagem<\/h2>\n
Lista de distribui\u00e7\u00e3o<\/h3>\n
Formata\u00e7\u00e3o<\/h3>\n
T\u00edtulo<\/h4>\n
Cabe\u00e7alho e Logotipo<\/h4>\n
Motivos do envio<\/h4>\n
Publicidade<\/h4>\n
Links para cancelar assinatura<\/h4>\n
Mail merge<\/h4>\n
Links normais<\/h4>\n
Mail HTML<\/h4>\n
Exig\u00eancias do JOL<\/h2>\n
Texto<\/h3>\n
Criatividade em design gr\u00e1fico<\/h3>\n
L\u00edngua estrangeira<\/h3>\n
Curiosidade e experimenta\u00e7\u00e3o em programas de computador<\/h3>\n
O mercado de trabalho<\/h2>\n
Leitura sugeridas<\/h2>\n
\n
Bibliografia<\/h3>\n
\n
\n