Dica de jornalismo de dados. Baixei os dados do sistema viário brasileiro a partir do site do Ministério dos Transportes [link quebrado]. Descomprimi num diretório e acessei os dados. Existem diretórios para dados aeroviários, aquaviários, dutoviários, ferroviários, multimodais e rodoviários. O que interessa, neste caso, são os arquivos de shapes, um formato de arquivo para traçados geográficos. Com o programa ogr2ogr, pude facilmente converter os shapes para formato KMZ do Google Earth. Este programa está no pacote gdal-bin, disponível nos repositórios de diversas distribuições Linux. Com o aplicativo QGIS também é possível se fazer esta conversão, importando o SHP e exportando em formato KMZ.
[Atualização: o Google Earth Pro, distribuído agora gratuitamente, lê diretamente dados SHP]
Ferrovias
Todo mundo gosta de trens, mas é triste o estado do transporte ferroviário brasileiro depois das privatizações (privataria). Para ver nossa lamentável situação, entro no shell Linux no diretório e converto os dados de eixos rodoviários com as linhas de comandos:
export OGR_FORCE_ASCII=NO ogr2ogr -f "KML" -t_srs EPSG:4326 eixoferroviarios.kml EixoFerroviario.shp
As ferrovias são convertidas sem nomes no arquivo KML. Então, uso a procura e troca do Notepad++ (programa para Windows, mas que eu rodo no Linux através do Wine) para gerar os nomes. Procurei pela expressão regular:
<Placemark>(\n.*?\n.*?\n.*?.*?FERROVIA">)(.*)</SimpleData>
e troquei por:
<Placemark>\n\t<name>\2</name>\1\2</SimpleData>
Quer dizer: peguei o nome da ferrovia e inseri um campo de nome no arquivo KML. Isto gera o KML com os nomes dos trechos ferroviários.
No Windows ou no Linux, o KML também pode ser feito no QGIS, software livre para dados geográficos. Carrego o shapefile SHP como camada vetorial, codificação de acentos CP1250, e exporto como KML.
Baixe o Arquivo KMZ pelo site: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/ferrovias-kmz/view
Abra o Projeto no site do google:
https://earth.google.com/