A engenheira de displays Mary Lou Jepsen, que está em contato constante e local com os fabricantes taiwaneses de PCs, diz que os UMPCs, PCs ultramóveis de 400 a 500 dólares, estão com margem de lucro de 50%. O preço de custo deve estar entre 200 e 250 dólares.
Acho que os preços para o consumidor final estabilizarão entre 300 e 350 dólares. No Brasil, aposto que ficam na faixa de 700 reais.
É um jogo interessante: por uma lado, a máquina que vender mais poderá ter seu preço bem reduzido, com lucros vindos da escala. A Asus tem e acho que manterá a liderança, pois tem o mercado, o nome e a cultura (muitos sites de hacking, acessórios, máquinas de segunda geração).
Outros fabricantes terão vendas menores, o que poderia encarecer as máquinas, mas terão que manter os preços competitivos para ganhar mercado.
Como todos usam peças de prateleira, a escala global vai fazer os preços cairem globalmente. Mas para aumentarem a margem de lucro, os fabricantes terão de desenvolver tecnologias melhores e mais baratas, como os displays de Jepsen e novas baterias. Também vejo bom desenvolvimento dos processadores de baixo consumo. Menos consumo, mais tempo de bateria com células convencionais (parece que há um problema no fornecimento de baterias mais eficientes, depois de um incêndio numa planta da LG. Aí há um gargalo).
Na evolução destes equipamentos, serão fundamentais as conquistas do projeto OLPC: pesquisas por menor consumo de energia, aperfeiçoamento da hibernação, telas mais eficientes, gerenciamento de conexões USB.
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