O software livre está permitindo uma queda no preço de computadores, juntamente com as medidas do governo brasileiro que desoneraram a cadeia produtiva destes equipamentos.
O resultado é o barateamento dos laptops e desktops e maior inclusão digital. É o caso do computador educacional da VocalTech, um modelo bem equipado por R$ 718,32 (416 dólares), um preço inacreditável para o mercado brasileiro. Monitor de 17 polegadas, memória de 512 MB, disco de 80 GB, entregue em casa e com frete incluso pelo Pac Correios.
A ficha completa é esta:
- Gabinete Torre, cor preta
- Placa-Mãe MATX A13G Soquete AM2 – PC Chips (ou similar)
- Processador AMD Sempron LE1100 AM2 (ou similar)
- 512 Mb RAM (Suporte a 2x DDR2 800/667/533/400 (2GB RAM)
- 80GB Disco Rígido Sata
- Combo Gravador CD + Leitor DVD
- 1PCI-Express (16x), 1 PCI-Express (1x), 2PCI, 1 CNR
- 4 USB 2.0, 1 IDE, 2 SATA II 3.0GBs
- Monitor CRT 17 polegadas
- Garantia de 12 meses, suporte via call center de 12 meses.
VocalTech é uma pequena empresa tocada por oito sócios do Espírito Santo, entre eles Antonio Dettmann, um militante do software livre e antigo desenvolvedor brasileiro do PHP-Nuke. Com esse agressivo marketing baseado no preço, a empresa pretende, em um ano, ter 50 funcionários, e dará preferência a deficientes físicos que possam trabalhar em linha de montagem.
A VocalTech conseguiu esta façanha usando hardware compatível com Linux, “hardware padrão sem grandes firulas”, diz Dettmann. Além da distribuição, também terceirizaram o suporte, através da distribuição brasileira ProLinux (baseada em Debian), que forneceu o sistema operacional Linux para o Pró-Jovem do MEC.
O press release da empresa termina com uma citação do prof. Pietro Ubaldi:
“O próximo grande salto evolutivo da humanidade será a descoberta de que cooperar é melhor que competir”
Fica aqui registrada, então, minha cooperação divulgando o case de mercado para ajudar a empresa a contratar mais deficientes físicos e a colaborar com a inclusão digital.
Leave a Reply