Na minha visão, o Classmate é uma meia-solução. É uma boa máquina, mas não tem a ampla oferta de software (“atividades”) para desenvolvimento do aprendizado por projetos em grupo que a comunidade OLPC está oferecendo.
Mas segundo a profª Léa Fagundes, do LEC da Ufrgs e participante do projeto UCA, a nova pedagogia poderá ser aplicada com qualquer máquina que vencer a licitação.
Para mim, o mais grave será, possivelmente, a falta de roteamento da rede mesh. É muito provável que ele só terá capacidade de participar da rede mesh como cliente. Junte a isto uma provável placa de rede WiFi de alcance standard (uns 40m), e isto matará a inclusão digital das famílias dos alunos: ficará tremendamente difícil acessar a internet pela rede das escolas.
Mas este panorama poderá mudar se a Intel e a Positivo tiverem, em dois meses, implementado uma tecnologia mesh como a OLPC e a Marvell estão desenvolvendo há dois anos: mesh com roteamento mesmo com a máquina dormindo, placas WiFi com 200 metros de alcance (1300m sem barreiras).
Outro ponto negativo será no gasto de energia elétrica: o Classmate, por ser mais potente e de uma tecnologia mais antiga de processador e tela, gasta mais. Este custo ficará escondido nas contas de energia das escolas, mas é significativo ao longo de cinco anos de vida útil do equipamento. A diferença de gasto de energia pode chegar de 70 a 100 reais, entre a classe de laptops Classmate e a classe XO. O XO gasta a metade da energia de um Classmate, ou menos ainda.
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