É muita cara de pau o que as redes de TV aberta e por assinatura estão fazendo. Um projeto de lei quer obrigar a que 50% dos canais e 10% da programação de todos os canais sejam de programação brasileira. Eles são contra, claro. O argumento é que isso seria reserva de mercado e acabaria com a liberdade de escolha. Armaram uma campanha e um site que convida você a escrever para seu deputados.
Imagine! Logo as TVs pagas, que nos obrigam a assinar um monte de canais que não queremos, junto com os canais mais procurados. Isso vai contra o Código do Consumidor, que proíbe a venda casada de serviços e produtos. E, cara de pau maior ainda, no site não colocam um link para falar com eles, porque sabem que isto vai causar uma enxurrada de protestos dessa prática contra o consumidor.
Mas eu entrego aqui o endereço pra falar com a ABTA. Escreva reclamando desse desrespeito com o cliente e com o código do consumidor, que é a venda casada de canais pagos.
E, antes de tomar uma posição no caso, leia porque os programadores estrangeiros não querem programadores nacionais na jogada, inclusive mentindo na campanha.
Olha, vocês eu não sei, mas *EU* assino tv paga meramente para ter acesso aos documentários do The History Channel e aos seriados americanos exibidos por canais como Warner, Sony, Fox, Universal, AXN e outros. Eu pago exatamente para FUGIR DOS PROGRAMAS BRASILEIROS! E acho um absurdo que um mané g*verno venha querer se intrometer na relacao PRIVADA entre assinante/operadora para determinar agora o que eu posso ou nao posso assistir no canal e horario X.
Não quero ser tratado como criança! Se o g*verno quer programas educativos e culturais, ele que os promova naqueles quatrocentos canais que ele patrocina (Tv Brasil, Legislativo, Judiciario, Assembleias Legislativas, TVs Universitarias e o escambau a quatro que eles inventam) e que somados mal saem do traço de audiência. Mas não venham enfiar suas patas imundas na programacao que eu contrato, pagando caro!
XÔ GOVERNO! QUEM ESCOLHE A PROGRAMACAO QUE QUERO ASSISTIR SOU EU!!!
[ ] Rubens
Concordo com o Lester.
Acho estupidez associarmos “qualidade” com “produção estrangeira”. Olha a quantidade de porcaria que passa nas tvs por assinatura. Dezenas de reallities shows e congêneres.
Vivemos numa suposta democracia. Nao podemos esquecer que, em teoria,TV é uma concessão estatal e o estado pode e deveria intervir para que a população tenha acesso a programas educativos, culturais, para promover e fazer com que as pessoas conheçam sua própria cultura e desenvolvam sua identidade. Sabemos que o governo nao regula isso,que as grandes TVs fazem o que desejam e dane-se o resto.
Então, quanto à proposta em tramitação, sobre os 10% de conteúdo nacional, nao é pra passar faustão ou qquer outra idiotice, mas programas um pouco mais ricos culturalmente falando. Se vai realmente ter? Não sei…lei aqui no Brasil nao presta pra nada, só pra proteger os ladroes que as criam. Mas tem outra coisa……ja pensaram que essa campanha movida pelas TVs por assinatura é um tiro no proprio pé? Eles pregam que o consumidor paga e tem direito de escolher o que quer assistir. Ora, quem aqui paga essa merda de tv por assinatura e não se acha injustiçado por nao ter opção à venda casada de dezenas de canais idiotas, fúteis, de vendas, etc e tal, que nunca…NUNCA, escolheriam para compor seu pacote de canais assinado!?
É muita cara de pau fazerem uma campanha contra a cota de 10% pra produções nacionais em tvs fechadas. . Dizem que nós, usuários do sistema, pagamos e nao vamos poder escolher o que vemos. Mas já nao é assim? Eles desrespeitam o CDC sobre a venda casada, mas seu lobby é forte e nada acontece.
Sr. José, parabens pela iniciativa, já escrevi pra eles com o texto acima. Desculpe-me se nao tive tempo de articular melhor as ideias…veio na cabeça e fui escrevendo sem fazer uma cuidadosa revisão. Mas penso como você.
Olá, William!
Também não concordo com esse projeto. Mas chamo a atenção para a hipocrisia da campanha da ABTA.
Me desculpe, mas eu discordo!
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O que a venda de canais casados (em pacotes) tem a ver com a questão de o canal precisar ter 10% de conteúdo brasileiro?
Digamos que conquistemos o direito de comprar apenas o canal desejado. Se eu descolhesse um de desenho, seria obrigado a assistir em 10% da programação a Turma da Mônica, que é o único desenho brasileiro?
Não devemos dizer amém a tudo o que a mídia propõe, mas tem casos, amigo, que dar o braço a torcer…