Capitalismo pressupõe livre concorrência. A chamada “propriedade intelectual” (patentes, direito de cópia, marcas) são monopólios garantidos pelo estado. Monopólios são atitudes danosas à livre concorrência. Desde que John Rockefeller destruiu seus concorrentes da área petrolífera em apenas dois meses, no final do século 19, a sociedade repudia vantagens obtidas a partir de monopólio. São pouquíssimos países do mundo que permitem essa prática danosa.
Entretanto, os defensores não explicam que a tal “propriedade intelectual” é monopólio. Apesar de ser uma concessão do estado por tempo determinado (patentes e copyright) ou indeterminado (marcas), esta modalidade de monopólio é apresentada como se fosse um direito natural, como se realmente fosse propriedade. Criada pela realeza (daí “royalties”) e por cortesãos, o tempo de monopólio foi gradativamente aumentado por políticos patrocinados por grandes editoras e grandes conglomerados de mídia e empresas que vivem de patentes.
Ora, propriedade pressupõe que, quando uma pessoa detenha um bem, as outras não tenham mais acesso a ele. Isto não se aplica a informação. Como a informação pode ser copiada sem que o autor perca o usufruto dela, a cópia de informação não prejudica seus “donos” originais. A única desculpa para o monopólio de informação é que os autores deveriam receber um incentivo por seu “trabalho intelectual”.
Este é um argumento falso, um sofisma. Em primeiro lugar, ninguém pararia de produzir informações se não houvesse esse incentivo. Se alguém não produzir, outro o fará. Depois, incentivo a autores pode facilmente ser obtido por outros modelos de negócios. Basta ter inventividade.
Finalmente, esse é um argumento egoísta, porque ignora que quem produz informação também recebe muito mais informação do que produz. Assim funciona o sistema de software de código livre. Cada programador faz um pedacinho de software, em cima de milhões de linhas de código que outros produziram. A conta é sempre muito mais positiva.
Bibliografia crítica à propriedade intelectual
- VIANNA, Túlio. A ideologia da propriedade intelectual. Documento PDF disponível em: <http://www.tuliovianna.org/index.php? option=com_docman& task=doc_download& gid=19& Itemid=72>.
- ORTELLADO, Pablo. Por que somos contra a propriedade intelectual? Artigo na Web disponível em: <http://www.midiaindependente.org/ pt/ blue/ 2002/ 06/ 29908.shtml>. Acesso em: 28 ago. 2007.
Esta conversa de vocês está esquisita.
Afinal quem são estes bichos-papões, os comunistas, estraga prazeres destes Mauricinhos e Patricinhas (Não me ocorre uma forma de chama-los, que seja mais moderna e menos ofensiva). Enquanto um chama uma lei de anti-capitalista (ou seja, comunista) a outra se defende acusando-o de de estar com um “papinho comunista”.
Afinal, tudo é culpa dos comunistas, né? Inclusive esta ignorância de vocês?
Nananinanão! Esta ignorância é coisa do capitalismo, aliás, neoliberalismo, que já se danou também… Vem aí agora o bom-capitalismo.
Blearghhh!
quais sao os paises anticapitalista?
No momento, ainda resta um: a Coréia do Norte.
Oi, Carol!
Não é questão de concordar com o texto ou não. Propriedade intelectual É MONOPÓLIO, por definição. A questão é se você concorda com monopólios ou não. Monopólio é sempre contra o livre mercado e injusto. Se você é contra o estado se metendo na economia, como no comunismo, porque o estado deveria manter este monopólio? Porque a Exxon e a AT&T não podem fazer monopólio, e a Microsoft e a Warner podem?
Não acho..
Duvido que alguem que concorde com esse texto, aceitaria trabalhar, ralar muito, fazer tudo sozinho e não receber nada em troca. Aceitar issoé a mesma coisa que concentir com o roubo, falando de forma poetica que não é.
Acho que o livre mercado deve existir sim, gerando concorrencia fazendo com que as coisas tenham um preço JUSTO e nada mais…Se alguem detem tal tecnologia é porque a inventou, a criou e nada mais justo que essa pessoa receba pelo feito, principalmente quando este feito serviu para moldar algo no mundo moderno.
Isso está parecendo papinho comunista, que não se contentando com o fracasso financeiro de seus seres, preferem inventar meios de obter vantagem em ter as coisas sem precisar paga-las por ela.