O pessoal tem mania de chamar coisas na internet de “E-alguma coisa”, como “e-governo“, “e-business“. “E” de eletrônica. É claro que tem eletrônica envolvida, mas os meios tradicionalmente chamados de eletrônicos são rádio e televisão.
Também chamam de ciber-isso, ciber-aquilo. Internet tem algumas coisas de cibernética, na forma de netiqueta, regras de comportamento online e câmeras de controle remoto. Mas cibernética não é a característica principal da internet.
Tampouco a internet é virtual, porque apenas adiciona algumas camadas de mediação nas interações “ao vivo”, que já são mediadas pela luz e pelo ar. O fato de se criarem mais algumas mediações não cria um mundo novo, “virtual”, diferente do mundo real. Internet é tão “vida real” quanto a vida real.
Finalmente, não é digital, porque dígitos são números, e computadores têm poucas coisas numéricas. A maior parte dos dados são instruções para o processador. E existem dados que representam cores, música etc, não números. Na fundo, essa é uma tecnologia lógica. A internet, então, é uma rede de lógica binária, para dar nome e sobrenome.
Se é logica BINARIA, conclui-se que é digital….! Vc se contradisse hehehe…
Realmente é um nome feio… Não dá mesmo pra usar os termos citados? hehe
Caro prof. Meira Rocha, gostei muito do post, ajudou muito em definirmos melhor o objeto. Realmente, o prefixo ciber – popularizado em seriados dos anos 80 e obras como “Neuromancer” – hoje mais atrapalha do que ajuda. A própria cibernética evoluiu muito depois de Wiener. Definir a internet como eletrônica ou virtual também é rezar meio pai-nosso. Mas não entendi bem a diferença entre tecnologia de lógica binária e tecnologia digital: digital se opõe a analógico por operar em unidades distintas – descontínuas – 0 e 1, logo, de natureza binária. Me ajude a entender melhor essa diferença. Abs.
Olá, Lug!
Ali, na última frase, tem uma sugestão: a internet é uma “rede de lógica binária”. Mas é um nome feio…
É o quê, então? Alguma sugestão?